THE HAPPY MESS
BANDA ESTREIA NOVO SINGLE ‘REVOLUÇÃO AO ESPELHO’
ACTUAM A 7 DE JULHO NO PALCO HEINEKEN.
THE HAPPY MESS é a mais recente confirmação para a 10.ª edição do NOS ALIVE. A banda actua a 7 de Julho no Palco Heineken, onde apresentará o mais recente registo de originais “HALF FICTION”, editado no passado mês de Outubro.
O grupo acaba de estrear o mais recente single “Revolução ao Espelho”. O tema tem letra de JOSÉ LUÍS PEIXOTO, conta com a participação de BENJAMIM nas vozes e é o primeiro da banda cantado em português. Embora se enquadre no universo estético do mais recente trabalho da banda (“HALF FICTION”) o tema não se enconta no álbum. “Revolução ao Espelho” pode ser escutado aqui: https://youtu.be/_Sd7QR6FL8M
“HALF FICTION” é o segundo álbum de estúdio dos THE HAPPY MESS, que também inclui os temas “The Invisible Boy” (ver vídeo: www.youtube.com/watch?v=DCfHETcs5_k) e “Heaven (is in my Basement)” (ver vídeo: https://youtu.be/tnZ-VYaltPg). O novo trabalho contou com a produção de Rui Maia (Mirror People, X-Wife) e foi ‘concebido’ inesperadamente num refúgio ermita da banda numa floresta, em plena paisagem protegida de Corno de Bico (Paredes de Coura).
“HALF FICTION” é um trabalho dividido entre canções que mergulham num universo de estórias e personagens ficcionadas… e outras tantas reais, inquietas, politicamente inconformadas. É um disco de anacronismos, de torrentes de energia e momentos de contemplação.
Este álbum sucede a “SONGS FROM THE BACKYARD” (2013), de onde se extraíram os singles ‘Backyard Girl’, ‘Homeland’ e ‘Sorrows Av’ e que, por sua vez, foi editado após o EP “OCTOBER SESSIONS” (2011) que deu a conhecer o single ‘Morning Sun’.
THE HAPPY MESS é composto por Miguel Ribeiro (voz e guitarra), Rui Costa (teclados), Joana Duarte (voz e sintetizadores), João Pascoal (baixo). O grupo inclui uma vertente transdisciplinar que alia a arte e o vídeo, uma comunicação artística muito vincada que resulta da parceria constante com artistas de vídeo/multimédia, quer em videoclips quer nas suas actuações ao vivo.
HALF FICTION, por Nuno Costa Santos
“O disco começa bravamente com um cheirinho a The Bravery. Com um daqueles temas-corrida que vai fazer as salas vir abaixo e toda a gente fazer, mais do que air guitar, air drum. Vai passar nas rádios merecidamente. Miguel Ribeiro está seguro, orgânico e natural na vocalização do inglês.
O segundo tema tem qualquer coisa de Duran Duran (é um elogio). A produção começa a mostrar o seu virtuosismo. A distorção das vozes funciona na batata. Talvez um dos melhores temas do disco pela originalidade, pela estranheza.
“You & Me” é uma canção muito bem desenhada, com uma guitarra-rouxinol a aparecer na altura certa. Há qualquer coisa de U2 (“Songs of Innocence”).
“Hollow Head” é a canção mais serenamente épica. Tem uma melodia feita com a “little help” da instrumentação e da voz e é capaz de comover um ex-funcionário da Regisconta.
“Heaven”, com uma entrada à Joy Division (percussão), cheira a Cure na guitarra (nota-se que é uma homenagem). Palmas para as teclas. Melodia francamente feliz. É um dos temas fortes, que, como se diz nas esquinas, vai pegar. Quando entra o refrão, Ribeiro está em casa, organicamente seguro, assertivo na emoção. Sente-se o virtuosismo da produção nas camadas, nos pormenores.
Sou fã de “Última Ceia”, o único tema em português (com uma voz transformada). Lembrei-me dos Ban mas pode ser apenas ser nostalgia. A certa altura a música abre-se como uma flor sincera. É inspiradora. As rádios estão à espera disto. E temos balada com “Under The Rain” e uma letra meteorologicamente amorosa. Matéria para dança de garagem com vassoura e tudo (o costume devia ser recuperado). Miguel Ribeiro mostra o virtuosismo da sua voz, as suas modulações, mas sem exageros espúrios.
“Please Come Home”. Que bom. Baladucha de crooner de bar com Jim Reid e Stephin Merritt a tomarem uma pint ao balcão. “Lost and Found” é um regresso, esse sim, mui assumido ao som cureano. Mas só na instrumentação estilo “Pictures of You”. A cantoria nada tem a ver. “I´m so tired now”, canta-se a dado passo, preparando o aviso de aeroporto “Lost And Found”.
Espera aí. Cai-nos em cima, sem estarmos à espera, “Lonely People”, nada deprimente, diga-se. Que boa guitarrinha, que boa produção (psicadélica), que bom modo de cantar. Mais um tema para concerto. Aqui é a guitarra que domina sempre cruzada por umas teclas espaciais. A dado momento, sem sabermos bem como, estamos a ouvir uma canção rock’n’roll. Sacanas.
Há mais rockada logo a seguir com “Turkish Delight”, quase a roçar o hard rock. Matéria mais mainstream com uns arranjos turcos lá pelo meio (os Kula Shaker aprovariam na boa). “Corno de Bico” é para dançar nas danceterias com bola de espelhos. A voz feminina do grupo é mestre de cerimónias, qual vocalista das Savages que recebe a certa altura uma caixa de bombons, enquanto os Kraftwerk fazem crochê a um canto (já têm idade para isso). Aproveita-se e bem para fazer os sintetizadores brincarem à vontade como crianças ao livre.” – Nuno Costa Santos
