MANU CHAO – LA RADIOLINA

O Novo trabalho de Manu Chao é surpreendentemente agressivo e intervencionista. Mais um passo em frente numa carreira inconformista.

Manu Chao é, talvez, um dos fenómenos mais peculiares do panorama discográfico mundial. Os seus discos são puzzles de modernidade, quase que exemplos de glitch music, em que pequenos excertos de som são trabalhados até à exaustão e transformados em ostinatos rítmicos e melódicos.

Pode ser uma sirene, pode ser um lá agudo irritante e repetitivo, pode ser uma guitarra, pode ser um pedaço de um programa de rádio sul-americano, tudo serv

O Novo trabalho de Manu Chao é surpreendentemente agressivo e intervencionista. Mais um passo em frente numa carreira inconformista.

Manu Chao é, talvez, um dos fenómenos mais peculiares do panorama discográfico mundial. Os seus discos são puzzles de modernidade, quase que exemplos de glitch music, em que pequenos excertos de som são trabalhados até à exaustão e transformados em ostinatos rítmicos e melódicos.

Pode ser uma sirene, pode ser um lá agudo irritante e repetitivo, pode ser uma guitarra, pode ser um pedaço de um programa de rádio sul-americano, tudo serve, o limite é a imaginação.

Manu Chao recolhe pedaços de som randómicos e alucinantes e combina-os com mestria fazendo pequenas obras de arte. Depois canta letras depressivas, amorosas ou políticas por cima deles. Pequenos trechos que se sucedem em catadupa, procurando um fio condutor e um reconhecimento de padrões e repetições.

A mesma música aparece-nos várias vezes no mesmo álbum com letras diferentes. A mesma letra por vezes aparece-nos cantada em músicas diferentes, em álbuns diferentes. É uma miscelânea reinventada a cada momento, um universo, um mundo.

Neste seu terceiro mundo, após “Clandestino” e “Infinita Tristeza”, Manu Chao utiliza com força guitarras de metal, distorções e sirenes. Sons possantes e agressivos, distanciando-se um pouco dos álbuns anteriores. As letras são agressivas também e muitas com conotação política.

Apesar do esqueleto e o estilo se manterem comuns, nota-se claramente a diferença no resultado final. Ouve-se e sente-se. Um disco mais sombrio, mais pujante e até mais dançável se tal é possível.

A pérola do disco é o díptico “Bleeding Clown” e “Y ahora que”, com a mesma música (guitarras em força com ritmo pesado), e uma mensagem clara e apocalíptica de desânimo com o mundo. O mote está dado para a revolução!…

http://musicologo.blogspot.com

Autor: Tiago Videira

e, o limite é a imaginação.

Manu Chao recolhe pedaços de som randómicos e alucinantes e combina-os com mestria fazendo pequenas obras de arte. Depois canta letras depressivas, amorosas ou políticas por cima deles. Pequenos trechos que se sucedem em catadupa, procurando um fio condutor e um reconhecimento de padrões e repetições.

A mesma música aparece-nos várias vezes no mesmo álbum com letras diferentes. A mesma letra por vezes aparece-nos cantada em músicas diferentes, em álbuns diferentes. É uma miscelânea reinventada a cada momento, um universo, um mundo.

Neste seu terceiro mundo, após “Clandestino” e “Infinita Tristeza”, Manu Chao utiliza com força guitarras de metal, distorções e sirenes. Sons possantes e agressivos, distanciando-se um pouco dos álbuns anteriores. As letras são agressivas também e muitas com conotação política.

Apesar do esqueleto e o estilo se manterem comuns, nota-se claramente a diferença no resultado final. Ouve-se e sente-se. Um disco mais sombrio, mais pujante e até mais dançável se tal é possível.

A pérola do disco é o díptico “Bleeding Clown” e “Y ahora que”, com a mesma música (guitarras em força com ritmo pesado), e uma mensagem clara e apocalíptica de desânimo com o mundo. O mote está dado para a revolução!…

http://musicologo.blogspot.com

Autor: Tiago Videira