MILEY – MEO ARENAA 15 DE JUNHO

BANGUERZ – TORNNÉ 2014

A tão esperada Miley Cyrus de regresso ao nosso país com as suas atitudes e apelos insinuantes aos seus fãs, fez passagem por Portugal pela segunda vez onde muitos a quiseram ver de perto.

A partir das vinte horas já estava o pavilhão a meio e ficou-se por ali.
De forma a compor a plateia o palco foi puxado mais para frente do habitual para que o pavilhão ficasse mais composto.
A musica de Dj fez aquecer os presentes até bem perto de Miley entrar em palco.
É verdade que ao longo dos últimos anos montou-se um autêntico circo mediático em torno desta nova Miley Cyrus, que dá todos os seus passos com o intuito de provocar directamente os seus Fãs. Miley encontrou nas atitudes mais sexualizadas a maneira ideal para atingir os seus fins.
Não se deixando abater por não ter um pavilhão completamente cheio e pela mediana quantidade e inesperada de publico.
O cenário de palco estava em constante mutação. Se ao início apareceu deslizando sobre a “sua” língua gigante, pouco depois já surgia em cima de um carro, envergando um reduzido vestido de notas de dólar, que a própria ia atirando sobre os fãs das primeiras filas. Mais tarde a cantora era “perseguida” por um monstro gigante que muito se assemelhava ao Popas da Rua Sésamo (durante a canção FU), logo de seguida subia a uma cama gigante, onde quase simulou atos sexuais com os seus bailarinos (no tema Getitright).
Por mais estranho que pareça, esta última canção acabou por ser repetida, uma vez que o concerto estava a ser filmado para uma posterior edição em DVD, algo que aconteceu novamente com On My Own. Estas repetições acabaram por quebrar, momentaneamente, com a fluidez do espectáculo, além de terem transformado o Meo Arena numa espécie de tubo de ensaio.
Apesar da mudança radical que a cantora projectou ao longo deste último ano, em palco não esqueceu as raízes country onde começou a dar os seus primeiros passos. Do My Thang, por exemplo, evoluiu da produção hip hop que caracteriza a canção em disco para uma aproximação ao country hillbilly. E recordou ainda esse clássico que é Jolene, da sua madrinha Dolly Parton.
Esta canção foi interpretada já num palco montado no centro do pavilhão com o público ao seu redor, onde o espalhafato visual era posto momentaneamente de parte. Aí cantou ainda You”re Gonna Make Me Lonesome When You Go, de Bob Dylan (e durante o qual provou que, se quisesse, poderia ser uma belíssima cantora de country, tendo uma amplitude vocal que nem sempre lhe é reconhecida devido ao circo de polémicas que se gera à sua volta), There is a light that never goes out, dos Smiths, cuja audiência, maioritariamente adolescente, desconhecia, o mesmo não se passando com Summertime Sadness, de Lana Del Rey, The Scientist, dos Coldplay, e Hey Ya, dos Outkast. Antes desta sucessão de canções de outros artistas a cantora já tinha feito uma versão de Lucy in the sky with diamonds, o clássico dos Beatles que, como a própria recordou, integrará o álbum With A Little Help from My Fwends, dos Flaming Lips.
Decerto que teremos uma Madonna desta Geração em palco e no seu visual. Miley.

Autor: Pires