Rock in Rio-Lisboa 2006
Hot Stage, um palco a ferver de talentos em ascensão
Depois de fechar os cartazes da Tenda Electrónica e do Palco Mundo a organização do evento anuncia as bandas que vão actuar no Hot Stage.
Lisboa, 27 de Março de 2006 – A Organização acaba de confirmar as presenças do Hot Stage do Rock in Rio-Lisboa 2006. Neste palco o público vai poder assistir aos concertos de várias bandas, nacionais e internacionais, já com sucesso reconhecido, que vão pôr a Cidade do Rock a ferver. Fingertips, Expensive Soul, Room 74, Tara Perdida, Hands On Approach, Mesa, Fonzie e Wray Gunn são as bandas portuguesas que vão actuar no segundo palco do evento, que vai funcionar das 16h30 até às 20h30.
No primeiro dia do evento, 26 de Maio, vamos assistir a concertos de bandas exclusivamente portuguesas: Fingertips, Expensive Soul e The Room 74. Os Fingertips são a banda portuguesa que com o tema “Melancholic Ballad (For The Leftovers)” teve um auspicioso começo de carreira, em 2003. Os Expensive Soul, banda que resulta da união de Demo (MC) e New Max (cantor/produtor), concorreram com uns temas num concurso da Antena 3 e ganharam, decidindo a partir daí apostar na carreira. Desde 2003 que actuam com a Jaguar Band, o que os torna o primeiro grupo de hip-hop nacional a tocar com banda ao vivo. Os The Room 74 fecham as actuações do Hot Stage nesse dia. Banda influenciada pelos anos 70/80, lança o seu primeiro álbum “MetroSexual” em meados de 2005, com influências Soul, Disco e R’n’B.
No dia 27 de Maio, poderemos ver os ingleses Kill The Young, os holandeses The Living Things e os portugueses Tara Perdida. Os Kill The Young são três irmãos de Manchester, Inglaterra, de vinte e poucos anos. A sua música tem influências tanto do indie rock americano como do pós-punk inglês.
O nome da banda é uma referência ao actual estado da sociedade ocidental, onde os jovens são obrigados a crescer cada vez mais cedo.
Os The Living Things são outra banda formada por três irmãos que desde crianças tocam juntos. A sua música é uma fusão de punk acelerado e metal melódico.
Já abriram concertos de bandas como os Velvet Revolver e os Libertines.
Os Tara Perdida, que vão fechar as actuações deste dia, juntaram-se em 1995 com vontade de serem uma banda punk-rock hardcore e no ano seguinte lançaram o primeiro álbum “Tara Perdida” que teve uma boa aceitação por parte do público. Em 2005 lançaram o quarto álbum: “Lambe-Botas”.
No segundo fim-de-semana do evento, logo no dia 2 de Junho, vão actuar os britânicos Star Sailor, o brasileiro Zé Ricardo e os portugueses Hands On Approach.
Os Starsailor são uma banda inglesa criada em 2000.
O seu primeiro álbum “Love is Here” (2001) chegou ao segundo lugar do top britânico. Catalogados como uma banda de rock e britpop lançaram no final do ano passado o seu terceiro trabalho. Zé Ricardo, cantor, compositor e guitarrista brasileiro é a actual promessa de um novo estilo musical – uma black music falada em português – a Música Preta Brasileira. Integrou com Sandra de Sá e Toni Garrido, do Cidade Negra, o projecto Música Preta Brasileira, que captou a atenção da imprensa e dos seus pares e lhe valeu um dueto com Djavan “Eu não te amo mais”, que acabou por se tornar um êxito de airplay nas rádios brasileiras. Para encerrar este dia teremos os Hands On Approach, eleita banda revelação portuguesa em 1999, quando lançaram o primeiro álbum “Blown”, que vendeu mais de 38 mil exemplares. Ao Rock in Rio-Lisboa 2006 vão trazer o seu último álbum “Grooving into Monster’s Eyeball”.
O dia 3 de Junho será novamente em língua portuguesa com as actuações do brasileiro Nando Reis, dos M E S A e dos Fonzie. Nando Reis apareceu na cena musical brasileira em 1982 integrado no grupo Titãs onde era baixista mas também compositor e intérprete. Para além de ter escrito muitas músicas de sucesso para os Titãs escreveu também temas para Marisa Monte, Cássia Eller, Cidade Negra, entre outros. Em 1995 inicia a sua carreira a solo e grava “12 de Janeiro” conciliando sempre este projecto com os Titãs. Mas em 2003 decide seguir uma nova etapa da sua vida e deixa definitivamente a banda, dedicando-se à carreira a solo. Os M E S A nasceram em 2000 mas só em 2002 se consolidam como grupo. Em Maio de 2003 lançam o primeiro álbum “M E S A” que os faz com que sejam apontados pela crítica como um dos projectos mais promissores da música portuguesa. A partir daí não só são reconhecidos a nível nacional como começam a fazer-se notar além-fronteiras.
Os portugueses Fonzie são um projecto criado em 1996 que se situa num misto de ska e de punk-pop. Com trabalho reconhecido na Suécia, onde gravaram o álbum de estreia “Built to Rock”, e também nos Estados Unidos, os Fonzie encerram este dia de actuações do Hot Stage.
O último dia do evento apresenta os holandeses The Gathering, a brasileira Sandra de Sá e os portugueses Wray Gunn. The Gathering são uma Banda holandesa, criada em 1989 que desde o início quis distinguir-se, tentando criar um som muito próprio. Com influências de metal, o primeiro álbum da banda (1992) foi caracterizado entre o gótico e o doom. Em 1994 entra para o grupo a vocalista Anneke Van Giersbergen, vinda do jazz e da música clássica, abrindo novas perspectivas para a banda. Em 2005 lançam “Home”, o nono álbum, onde mostram a capacidade de inventar novos sons e melodias. Sandra de Sá nasceu numa família de músicos nos arredores do Rio de Janeiro. Habituada desde cedo a ouvir todos os estilos de música, foi criando ídolos de várias línguas e estilos diferentes. O festival MPB 80, da TV Globo, classificou “Demónio Colorido”, de sua autoria, entre as dez finalistas e a música obteve repercussão nacional, tornando Sandra de Sá um caso de sucesso não só para o público mas também entre os seus pares. Canta um samba, um blues ou jazz com a mesma intensidade, encantando várias gerações de fãs. Os Wray Gunn são responsáveis por uma verdadeira fusão de estilos: blues e rock americanos e influências de hip-hop e de funk. Depois de um EP (“Amateur” – 1999) que deu nas vistas lançam “Soul Jam” (2001), que confirmou o facto de serem uma banda a ter em conta. Em 2005 reeditam uma edição especial do álbum lançado em 2004 “Eclesiastes 1.11”, que integra um cd de soul jam.
Sobre o Rock in Rio-Lisboa 2006
O Rock in Rio vai realizar-se pela segunda vez consecutiva na cidade de Lisboa, nos dias 26 e 27 de Maio e 2, 3 e 4 de Junho de 2006. O Rock in Rio-Lisboa 2006 vai ser uma festa de 5 dias cheios de emoções entre o grandioso “Palco Mundo” – onde vão actuar alguns dos maiores nomes da música internacional -; a “Tenda Electrónica” – com sets dos mais reconhecidos DJ’s e VJ’s nacionais e internacionais; o “Hot Stage” – onde se vai poder assistir aos concertos de bandas já com sucesso reconhecido; o “Espaço Kids” cheio de actividade para as crianças; o “Espaço Radical”, com uma pista de neve verdadeira e workshops de snowboard; e a requintada “Tenda VIP” com ar condicionado, catering e outras opções de conforto.
Um dos principais eixos do Rock in Rio-Lisboa 2006 é a sua vertente social cuja dinâmica assente no conceito “Todos Sob a Mesma Bandeira” permite que milhares de crianças portuguesas vejam aumentada a sua qualidade de vida de forma concreta através da intervenção solidária de toda a população de uma forma positiva. Tendo já sido inaugurada a primeira sala de sensibilização de crianças com deficiência visual da ACAPO, outras 4 serão inauguradas para a ACAPO e mais 5 para a CERCI – estas destinadas a crianças com deficiência mental – antes mesmo da realização do evento. Além destas iniciativas outras serão também apoiadas por este Projecto Social.
Mais de 3,7 milhões de pessoas participaram nas 4 edições do Rock in Rio – 1985, 1991, 2001 e 2004 – tendo assistido a 240 actuações num total de mais de 470 horas. O Rock in Rio é transmitido em todo o mundo.
Autor: Sofia F. Lareiro