Uxía ao vivo em Portugal
Comemoração dos 30 anos de carreira
No universo da world music, Uxía é a música da Galiza. Nas ruas de Santiago de Compostela, é realeza
“Uxía: uma querida amiga e uma voz única da Galiza, com amor.”
Rui Veloso
“A Uxía é, além de uma verdadeira embaixadora da cultura galega, uma das pessoas que melhor conhece as músicas lusófonas. O trabalho que tem feito com o Cantos na Maré, há mais de uma década, demostra isso mesmo. Para mim a Uxía é uma cantora extraordinária, uma voz que sabe tocar-nos bem lá dentro, como tão poucas. Admiro-a muito, é uma das minhas referências. Pela inteligência e sensibilidade, pela energia inesgotável. Não há nada mais emocionante do que ouvi-la cantar um Alalá à capela. Uxía é a força da mulher galega, pandeireta na mão, coração ao alto, poesia na boca.”
Aline Frazão
“A marquesa da «ilusofonia» tem prestado um grande serviço à música cantada em português e suas variações pelo mundo a fora ao unir e apresentar uns aos outros músicos e cantautores de todo o continente que, depois de apresentados à causa, tornam-se seus discípulos e divulgadores. E, como se não bastasse, é excelente cantora e intérprete.”
Chico César
No universo da world music, Uxía é a música da Galiza. Nas ruas de Santiago de Compostela, é realeza. E, para os músicos lusófonos uma verdadeira Embaixadora. Cantora, compositora e amante de poesia tem assumido um papel de grande relevância no estudo e divulgação da música galega. Comemorando os seus 30 anos de carreira, Uxía actua – pela 1ª vez em nome próprio – no dia 26 de Setembro no S. Luiz Teatro Municipal, em Lisboa, e a 1 de Outubro, Dia Mundial da Música, em Coimbra, no Auditório do Conservatório de Música, num espectáculo inserido na programação “Quintas do Conservatório”.
Apresenta o espectáculo “Meu Canto” – baseado no disco homónimo -, releitura de alguns temas históricos da sua carreira, a par de temas inéditos. Uma proposta despojada de quaisquer artifícios em que o fundamental é a palavra cantada na sua voz de excepção. “Meu Canto”, porque a maioria das canções contém a palavra “canto”, uma reflexão sobre o acto de cantar e as suas emoções. A voz. Uma voz mais profunda e prístina do que nunca. Uma voz que mostra toda a força e vulnerabilidade com que Uxía chega a este ponto do seu percurso: com a convicção de que um povo que canta desde tempos imemoriáveis não pode perder um instrumento fundamental como a própria voz.
Depois de vários concertos integrados em festivais e eventos, como o Festival Músicas do Mundo de Sines, o Festival Cantigas de Maio, Intercéltico ou o Projecto Afinidades da Expo’98 (com Filipa Paes), Uxía regressa a Portugal para o fecho da tour “Meu Canto”.
A sua relação com a música lusófona estende-se a participações em temas com Carlos do Carmo, António Zambujo, João Afonso, Sara Tavares e Lenine, entre outros. Em 2005, Uxía criou o Festival Internacional da Lusofonia “Cantos na Maré”, de que é directora artística e para o qual convida anualmente artistas de diferentes países lusófonos e quadrantes musicais – como Sérgio Godinho, Rui Veloso, Chico César, Aline Frazão, Mayra Andrade, ou Tito Paris -, desafiando-os a criar parcerias inéditas, ao vivo.
Colaborador : Ilda pires