BILLY GILMAN, O REGRESSO DO PRODÍGIO

Está de volta, um ano depois, o menino, perdão “homem”, prodígio do country americano.

Este era, talvez, o mais ansiado trabalho de Billy Gilman depois de todo o furor causado pelo anterior “Everything and more”. E a verdade é que temos razões para isso: é que o menino prodígio do country americano de voz celestial e capaz de fazer chorar as pedras da calçada mudou. E mudou muito. Actualmente, Billy, com 18 anos, é já um homem, mas um homem maduro. Este seu trabalho reflecte isso mesmo, unanimemente por toda a crítica norte americana.

Os antigos refrões e histórias para adolescentes, as problemáticas, as fábulas, desvanesceram-se. Billy, neste disco, canta histórias de adultos para adultos. Os arranjos sofreram um brutal desenvolvimento harmónico e as canções deixaram de ser um mero show off para mostrar a voz de menino de coro de Billy, que já não existe.

Agora Billy, sobrevive com uma voz madura. Continua a afinação lá, toda a técnica e o requinte para aguentar 10 segundos sem tremer nos píncaros mais difíceis mas, sobretudo, nota-se uma calma e sobriedade adeptas da maturidade. Billy revela-se agora como sendo um intérprete que sabe estar e sabe o que quer. No tempo certo, na altura certa, acompanhando o futuro.

Por isso, aqui um álbum Self titled faz todo o sentido. Normalmente os álbuns self titled são os primeiros na carreira de um artista. E este é o primeiro numa nova etapa, num novo Billy. Para um público diferente, ou então para aqueles que, sendo da minha geração, têm vindo a crescer com ele, e também eles estão em novas fases da sua vida.

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Autor: Tiago Videira