Caveira & DEVENDRA BANHART
Caveira actuam na primeira parte
A Aula Magna foi o palco escolhido para receber Devendra Banhart no dia 12 de Novembro, próximo sábado. “Caveira” abrem o concerto de DEVENDRA BANHART. O espectáculo tem início às 21h00.
«Trio da Grande Lisboa, constituído por Rita Vozone e Pedro Gomes nas guitarras eléctricas e Joaquim Albergaria (Vicious 5) na bateria, os CAVEIRA têm actuado frequentemente pela capital com particular ênfase no ano corrente, em concertos completamente catárticos e explosivos.
A música dos Caveira é estruturada de forma aberta, sendo toda ela totalmente improvisada. Contudo, as várias líricas dos seus membros encaixam nessa linguagem do momento de forma afastada dos normais cânones improvisatórios existentes em alguma música extrema, seja ela o jazz menos ortodoxo, a electroacústica ou a cultura de «jam» mais planante.
O seu discurso reúne uma série de idiomas. Desde a exploração de som livre, do Sonny Sharrock de «Black Woman», ao trabalho de Keiji Haino nos Fushitsusha, até ao rock-anti-rock de «Twin Infinitives» dos Royal Trux.
Contudo, se alguma cultura tinge marcadamente o seu som, essa é
indubitavelmente a do rock. Informados pela génese pentatónica do blues, electrificada aqui a níveis monstruosos, pelo balanço do hardcore mais animal dos anos 80, e, entre milhões de outras vozes processadas à sua própria maneira, nunca renegando o riff enquanto insubstituível arma eléctrica de arremesso, apenas subvertendo-o. Editaram este ano o seu primeiro registo discográfico, o CD-R «África», que documenta os primeiros passos da banda nesta conjunção de dialectos e que tem tido uma recepção entusiástica por parte de algum público e crítica nacionais. Trilham novos caminhos pela música livre com decibel em Portugal, ao lado de projectos altamente meritórios, como os Fish & Sheep, Frango, Loosers, Tropa Macaca, Dance Damage ou Gala Drop.» *Pedro Gomes/Caveira
DEVENDRA BANHART APRESENTA NOVO ÁLBUM NA AULA MAGNA.
O músico norte-americano traz a Lisboa o fresquíssimo novo álbum, intitulado «Cripple Crow que, curiosamente, conta com dois temas com nomes bem familiares entre os portugueses: «Santa Maria de Feira» e «Canela».
Nascido no Texas (Estado Unidos da América) em 1981, o jovem Devendra Banhart muda-se para Caracas (Venezuela) depois do divórcio dos pais. Anos depois, o destino leva-o a Los Angeles e, posteriormente, em 1998, a São Francisco, onde começa a frequentar o conceituado Instituto de Arte local.
Devendra Banhart compõe desde os 12 anos mas um dia, subitamente, descobriu que compunha com bastante facilidade. Começou então a tocar em todos os locais que o aceitassem, «fosse um restaurante etíope, um pub irlandês» ou qualquer outro sítio.
Em 2000, Banhart decide abandonar a escola e mudar-se para Paris, onde aceita assegurar a primeira parte de bandas indie, num club local. Ao mesmo tempo, vai gravando temas e explorando sonoridades. Nesse mesmo ano, regressa aos Estados Unidos e divide-se entre São Francisco e Los Angeles.
Em três anos, Devendra edita três álbuns: «Oh Me Oh My The Way The Way Goês By The Sun Is Setting Dogs Are Dreaming Lovesongs Of The Christmas Spirit» (2002), «Rejoicing In The Hands» (2004), «Nino Rojo» (2004).
«Cripple Crow», o quarto álbum de estúdio de Banhart, é a continuação e aperfeiçoamento da brilhante escrita de Devendra e do seu extraordinário talento como vocalista e músico.
Devendra Banhart, um dos músicos mais talentosos e inspiradores dos últimos tempos, na Aula Magna, dia 12 de Novembro. Um espectáculo imperdível!
Autor: Patrícia Santos Viegas