Gobi Bear e Toulouse Apresentam novos trabalhos

O Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, apresenta, desde o início do ano, um ciclo de concertos, “SOM de GMR”, que tem trazido a este palco músicos e bandas da região. Uma mostra de 7 projetos – que irá decorrer até maio – com o objetivo de registar um período de criação particularmente fértil em Guimarães. Em março, dois projetos aterram no palco do Café Concerto do CCVF. Esta sexta-feira, dia 03, Gobi Bear interpreta músicas do seu mais recente trabalho e, no dia 17, é a vez dos Toulouse apresentarem o primeiro álbum da banda. Os concertos têm início à meia-noite e são precedidos, às 19h00, por conversas informais com os artistas, com moderação do jornalista Samuel Silva.

Gobi Bear chega ao Café Concerto do CCVF com um novo trabalho, depois de um período de hibernação. Diogo Alves Pinto é o vimaranense que se esconde por detrás do Urso. Depois de seis discos lançados entre 2011 e 2014, o Urso hibernou. Acorda, agora, com cinco temas novos que anunciam o esperado segundo longa duração, que chega em 2017. Estas cinco músicas representam o seu primeiro disco homónimo. A sua cara. E fazem-no tão bem. Ouve-se a escrita madura, a guitarra bucólica, a voz meiga e os arranjos íntimos que refletem a experiência deste músico de 25 anos. Quando nos entregamos ao som de Gobi Bear desligamos do mundo e partimos para as paisagens recônditas que ele nos pinta enquanto canta. É delicioso e, ao vivo, o Urso camufla-se na sua arte e deixa o público em viagem, de olhos fechados, pelos labirintos mágicos das suas canções.
No dia 17 de março, o Café Concerto do CCVF acolhe uma nova atuação, desta vez com os Toulouse como protagonistas, que aqui apresentam o seu mais recente álbum, “Yuhng”. Lançado no final de 2016, “Yuhng” é um statement: mais do que o desabrochar óbvio da banda, é a prova do talento inato para a pop que começa na melodia e acaba no coração. Os Toulouse sempre tiveram queda para a pintura, para a viagem e para o etéreo — nesta amálgama, existem entre a canção pop, doce, e as cores vivas dos efeitos de imbuir guitarra em açúcar.
O quarteto de Guimarães editou a cassete de estreia, “Juice”, em 2015, preparando terreno para a seleção dos pantones com que iriam colorir os próximos passos, dos quais desabrocha o primeiro álbum “Yuhng”, um registo sonhador, enérgico, com um travo naïve. Será difícil o coração oferecer resistência ao que os ouvidos tão simplesmente abraçam: melodias encantatórias, e um esgar de quem não vive neste mundo. Entre o gingar indie e as guitarras dobradas e retransformadas em modulações suaves, o sucessor de “Juice” agarra com refrões uma imaginação que se tinge de paisagens sublimes, sonhadoras e com um brilho comovente.
Recordamos que, no âmbito deste ciclo de concertos, o CCVF acolherá, num futuro próximo, os concertos de Lince (8 de abril), El Rupe (28 abril), Paraguaii (5 de maio) e Hot Air Balloon (19 maio), trazendo a palco uma série de músicos da região que se destacam no cenário musical nacional.

Os bilhetes para cada um dos concertos têm o custo de 3,00 euros e encontram-se disponíveis nas bilheteiras do Centro Cultural Vila Flor e da Plataforma das Artes e da Criatividade, bem como nas lojas Fnac e El Corte Inglês, entre outros pontos de vendas, e na internet em www.ccvf.pt e oficina.bol.pt. A participação nas conversas informais que precedem os concertos é livre.