GONÇALO SALGUEIRO novo álbum

Novo álbum chama-se “Sombras e Fado”, e Chega hoje às lojas. Single de estreia chama-se “Boca Encarnada”

O quarto álbum a solo do fadista chega hoje, dia 03 de Março, às lojas. “Sombras e Fado” é um disco com todos os atributos para se tornar de imediato num clássico. O single de apresentação chama-se “Boca Encarnada” e é um inédito de Amália.

Tratando-se de um disco predominantemente de fado, o quarto álbum a solo de Gonçalo Salgueiro pertence no entanto ao grupo daqueles que rompem – no melhor dos sentidos – com as rotulagens habituais, sendo em larga medida uma verdadeira pedrada no charco, graças à multiplicidade de abordagens, muitas delas pouco habituais nestes quadrantes.

Sobre o álbum:

Mesmo imperando o doutrinário fado tradicional, no decorrer da audição vão-se descobrindo paisagens sonoras totalmente dispares, que só um artista verdadeiramente predestinado consegue fazer unir. Se de início escutamos o exigente mas exemplarmente bem cantado “Fado Alcântara”, seguido por um não menos exemplar “Zé Negro” (ambos com letra de Gonçalo Salgueiro), não tardará que estejamos perante um outro universo, quando depois de “Boca Encarnada” (Amália Rodrigues / Carlos Gonçalves), nos deparamos com uma sublime e totalmente inesperada interpretação de “Volta” de Diogo Piçarra.

O disco prossegue em jeito de homenagem. “Noite Cerrada” (criação de Maria da Fé), “Amor de Mel, Amor de Fel” (criação de Amália Rodrigues), “Penso Sempre em Ti” (criação de Fernanda Maria) e “Sudário” (mais um fado clássico com letra de Gonçalo Salgueiro) antecipam “Quem Mora Naquela Rua” (criação de Beatriz da Conceição), atingindo-se de seguida com “Tu”, um dos pontos mais surpreendentes do disco, quando Gonçalo Salgueiro, aborda de forma avassaladora o “inexpugnável” e “proibido” “Concerto Para Uma Voz” de Saint-Preux, aqui com a participação da soprano Elena Moşuc.
Uma interpretação de “Naufrágio” (Cecília Meirelles / Alain Oulman) de arrepiar, leva-nos até “Meu Nó Aflito” (letra de Gonçalo Salgueiro). “Trigueirinha” (António Vilar da Costa / Jorge Fernando) em ritmo de cariz popular cria novo frissom, antecedendo mais dois fados clássicos (ambos novamente com poemas de Gonçalo Salgueiro), acabando em apoteose com uma estrondosa versão orquestral de “Ai Vida” de Jorge Fernando.

Sobre o artista:

Educado no culto do amor à música nas suas mais variadas formas de expressão, este alentejano de Montemor-O-Novo, transporta o sentimento que a paisagem imprime, remetendo ao mais íntimo do género humano aquelas cambiantes que fazem do seu Fado e de tudo o que interpreta arauto de um sentir universal.
o musicólogo Rui Vieira Nery
“…é uma voz especialíssima, um dos timbres mais bonitos que têm aparecido no fado nos últimos anos” e mais adiante afirma “… ele quebra o estereótipo fácil da postura fadista masculina tradicional do faia – construindo antes – uma imagem inovadora e até ousada nas suas actuações”.
o musicólogo e crítico Costin Popa
“… excecional intérprete da tradicional canção popular portuguesa Gonçalo Salgueiro, digno sucessor da famosa Amália Rodrigues (…) de intensa vivência emocional, de profundidade de alma e de poderosa expressividade, a voz de Salgueiro é reveladora de rara sensibilidade em perturbadoras e melancólicas melodias, de extrema tristeza, de dor e consolo. O fado é um mistério que mexe com o espírito e o artista comunica-lo diretamente, com dedicação e paixão, em inflexões e múltiplas vocais e nuances de belíssima coloratura…”.
a jornalista Anca Florea

“… a nostalgia e a magia de canções de amor, por vezes tristes, por vezes sentimentais, repletas de paixão, trazidas pela mão de Gonçalo Salgueiro, cuja agradável voz de tenor transborda em ornamentos, coloratura, arrepiantes emoções e particulares inflexões de enorme efeito, conquistando a admiração de muitos que ao ouvi-lo, descobrem um mundo especial o qual, há uns anos atrás, nos revelou a memorável Amália Rodrigues… ”.
o jornalista e Prof. Universitário Joaquim Letria
“… O fado está em muito boas mãos. Gonçalo Salgueiro prova-o sem necessidade própria nem mandato da jovem geração de que é um dos expoentes. Com sentimento muito próprio, expresso no virtuosismo com que canta, com a sua voz de grande generosidade e, ao mesmo tempo, de surpreendente maturidade, Gonçalo Salgueiro, figura de inovação, continua corajosamente a navegar na nova imagem que dá ao fado e na diferença que Rui Vieira Nery descortinara logo no seu primeiro álbum a solo. Quer quando escolhe o encanto da música e palavras de outros, quer quando vai a músicas difíceis de alguns dos maiores do fado e, por vezes, lhes crava a beleza da sua própria poesia, Gonçalo Salgueiro mostra com consistência uma escolha coerente, muito rica no canto e na palavra poética com que, procurando garantir a diferença, mergulha, respeitoso, na tradição, para partir, depois, rumo ao futuro e à ousadia…”
Brigitte Mariollat
“Elegância. É a primeira palavra que nos assalta o pensamento quando ouvimos Gonçalo Salgueiro. Depois de o escutarmos jamais poderemos esquecer a sua voz. O distinto e jovem cantor é brilhante como fadista. É português e no seu país o Fado, música que vem da alma, é símbolo nacional. A lendária Amália Rodrigues foi a mais famosa Fadista do mundo e a grande inspiração de Gonçalo Salgueiro. Este jovem artista é muito mais que um talentoso fadista, é um brilhante “performer”. Tem uma técnica vocal perfeita, impecável dicção, fraseio e melodia, um executante exímio, verdadeiro na expressão de sentimentos em palco. O seu amor pela música tem-no conduzido aos palcos com a renomada cantora de Ópera internacional Elena Mosuc, numa série de concertos que combinam Fado com a Arte Lírica. Nestes concertos, com a sua voz potente e sedutora, Gonçalo Salgueiro prova estar ao mesmo nível de uma estrela mundial da Ópera. Detentor de um extraordinário talento, de um coração enorme e de uma alma nobre, Gonçalo Salgueiro merece o reconhecimento público mundial.”