JESUS CRISTO SUPERSTAR – POLITEAMA
No Teatro Politeama
Jesus Cristo Superstar, o mais célebre musical de Andrew Lloyd Webber e Tim Rice estreou no dia 14 de Junho no Rivoli-Teatro Municipal, na cidade do Porto.
A versão portuguesa de Jesus Cristo Superstar foi autorizada pelos célebres autores, na condição de ser Filipe La Féria a dirigir o espectáculo.
La Féria aceitou o desafio, sendo também da sua responsabilidade, além da encenação e direcção de actores, os cenários e os figurinos. Jesus Cristo Superstar esteve cinco meses no Teatro Rivoli sempre com lotações esgotadas, ultrapassando os 150 mil espectadores em sete espectáculos semanais.
Jesus Cristo Superstar retrata os últimos dias da vida na Terra do filho de Deus que ficou conhecido pelo Homem como Jesus Cristo. Contudo, em vez de contar a maior história de todos os tempos da forma tradicional, Rice escreveu uma versão dos “factos” famosos, sob o ponto de vista de um homem: o fim dos dias mortais de Cristo sob o olhar do seu discípulo Judas, o homem responsável pela entrega do seu líder aos governadores romanos de Jerusalém, tornando-se para sempre o arquétipo de traidor.
Judas testemunha o culto à personalidade de Jesus Cristo e a histeria que ele provoca, como um perigo para toda a cruzada a favor da Cristandade, e é por isso que ele sacrifica o seu líder em prol do que acredita ser um bem maior. Já tarde de mais ele apercebe-se, de uma forma suicida, que foi apenas um peão no grande plano de Deus.
A música de Jesus Cristo Superstar foi escrita de forma fluente. Todo o espectáculo, do início ao fim, é cantado, sem nenhum diálogo interveniente, assim como era o guião do bem mais pequeno Joseph. No entanto, dentro do guião totalmente musicado, ao estilo cantata, há passagens equivalentes a conversas e a canções, e várias músicas provaram ser um sucesso para além do âmbito do musical, como a balada de Maria Madalena “I Don’t Know How To Love Him” e a introdução para o “Superstar”. Contudo, os mais impressionantes excertos não se inseriam no estilo mais comercial e o monólogo de Jesus nos jardins de “Gethsemane”, o despique entre o baixo profundo e o contra-tenor dada aos sacerdotes e as comoventes frases pop de tenor que acompanham o dilema nocturno de Judas foram as mais importantes partes da partitura que eram, simultaneamente fora do vulgar e distintamente efectivas.
Superstar começou a sua vida como uma gravação, um disco-duplo contendo todas as músicas do espectáculo. O sucesso de vendas do disco – particularmente na América, onde atingiu várias vezes o top de vendas – em breve levou a espectáculos em concerto e depois a uma encenação teatral de grande escala. O primeiro, montado na Broadway, era bastante extravagante: misturando os estilos de Hair e Godspell. Na altura em que o espectáculo estreou em Londres, chegou-se à conclusão que este era antiquado, o tipo de produção feita nos anos 60, e que não resultava. Então, Londres recebeu uma forte e revolucionária encenação de Superstar e a sua recompensa foi ter-se tornado o mais longo musical em cena no West End Theatre (3358 performances).
O espectáculo viajou por todo o mundo com a velocidade e facilidade que apenas os grandes musicais fazem: a Austrália teve o seu Superstar em cena apenas 6 meses após a estreia na Broadway, e a Alemanha, França e Escandinávia estiveram também perto. Japão, Brasil, México, Espanha e Hungria, entre outros, recriaram também o espectáculo. Apenas a África do Sul o proibiu por o considerar irreligioso! Duas décadas depois, novas montagens foram realizadas desde América até à Austrália e o musical continua a manter a sua popularidade por todo o mundo.
Fonte: Teatro Politeama
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Autor: Paulo Cardoso Ribeiro