Joe Lovano Na Aula Magna dia 19 de Outubro

Dizer que Joe Lovano é um gigante do jazz é não apenas justo, mas também inevitável.

As conquistas deste homem são inúmeras – Grammys, prémios da prestigiada Down Beat, sucesso com os seus discos junto do público… – e todas se devem às suas infinitas capacidades como saxofonista e compositor. Joe Lovano é um herói dos tempos modernos que tem sabido, como líder, explorar diversas vertentes do jazz, o que revela um espírito inquieto e exploratório. Nos últimos anos, a sua discografia na prestigiada Blue Note inclui registos em duo, quarteto ou em ensembles mais dilatados com fôlego para se estender até às suites, como aconteceu no aplaudido “Streams of Expression” (Blue Note) do ano passado.

A Portugal, Lovano irá trazer um fabuloso quarteto que inclui James Weidman no piano, Dennis Irwin no baixo e Francisco Mela na bateria. É um combo de excepção, com quem Joe possui uma sólida relação de anos – já foram inclusivamente usados no seu célebre noneto. Weidman, por exemplo, foi descrito no New York Times como “um pianista com um currículo alargado e um estilo gracioso”; Irwin partilha o nome com uma lenda dos anos 90 do Manchester, mas é classificado com um “ás do ritmo” no All About Jazz; e o baterista Cubano Francisco Mela que viu o seu álbum de estreia “Francisco Mela Melao” considerado pela revista Nova Iorquina – All About Jazz, o Álbum revelação de 2006

Já este ano, Lovano editou na Blue Note um álbum em duo com a lenda viva Hank Jones, 89 anos completados este Verão. E como não é homem para estar parado, antes da sua chegada a Portugal Joe terá já completado duas residências nos míticos Village Vanguard e Birdland onde celebrará o espírito de John Coltrane. Lovano é de facto um gigante, como começámos por afirmar, mas um gigante que se faz de música e de trabalho. Vê-lo ao vivo é evidentemente um privilégio. E estes concertos em quarteto que trará a Portugal prometem revelar-se um dos mais altos pontos musicais de 2007.

Fonte: UGURU

Autor: Paulo Cardoso Ribeiro