LEONA LEWIS – SPIRIT

Chegou finalmente ao top português o álbum da artista revelação Leona Lewis. Haverá motivos para furor?

Leona é mais um fenómeno nascido num concurso de talentos do Reino Unido. Cedo cativou o público com a sua estrondosa voz e galgou para a ribalta. Após ganhar o concurso, no entanto, esfumou-se. Quis preparar um álbum com calma e dedicação, juntando muitos produtores diferentes e indo gravar a vários sítios desde Londres à Califórnia.

“Spirit” foi o resultado obtido e saiu para os escaparates o ano passado, tendo chegado agora ao grande público português. Basicamente o disco desiludiu, a acreditar nas inúmeras críticas por esse mundo fora. Esperava-se mais, mais inovação, qualquer coisa de melhor, de diferente, que arrebatasse o público e não mais do mesmo.

E infelizmente foi essa a sensação que realmente ficou no ar. Quem ouve Leona Lewis ouve realmente baladas poderosas, uma voz quente e com soul, canções arrebatadoras que podem ser perfeitamente acústicas, sem as, por vezes, irritantes batidas modernas a transportar-nos para um qualquer filme de ficção científica.

Mas ouvimos também Whitney Houston. Ouvimos também Mariah Carey. Ouvimos nitidamente um “já ouvimos isto”. E esse é o grande pecado de Leona. A estranha sensação que fica de que “é apenas mais uma diva”, sem nada de surpreendente a que nos possamos agarrar, sem um bilhete de identidade em nome próprio.

Um bom disco ambiente, uma grande voz, um grande show. Canções muito homogéneas. Mas uma tremenda falta de originalidade – o que nos impiedosos dias de hoje pode trazer consequências.

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Autor: Tiago Videira