Linkin Park na Cidade do Rock
68 mil pessoas viram o concerto
Os norte-americanos Linkin Park levaram esta sexta-feira, tal como há dois e há quatro anos, milhares de adolescentes ao Parque da Bela Vista para os verem ao vivo
Até às 23:00 entraram no recinto 68 mil pessoas. A grande maioria, verificou a Lusa, eram crianças e adolescentes, em grupo ou acompanhados pelos pais.
A banda norte-americana, que toca uma mistura de rap com rock pesado, subiu ao palco já perto das 23:00, tendo, sem muito esforço, conquistado a plateia.
Aos primeiros acordes de temas como “Shadow of the Day”, “Numb”, “In the End” e “Burn It Down”, os espectadores respondiam com gritos e de braços levantados, antecipando os coros.
Em sinal de gratidão, um dos vocalistas, Mike Shinoda, chegou-se à frente do palco e lançou para a plateia uma série de CDs com o primeiro single do novo disco, que, disse, “não está disponível em lado nenhum, nem mesmo na internet”. “The Hunting Party” será editado a 16 de junho.
Com a bandeira portuguesa estendida em palco, a banda liderada por Chester Bennington e Mike Shinoda chegou, viu e venceu, mostrando assim porque marcou presença em três das seis edições do Rock in Rio Lisboa.
Por terem entrado em palco cerca de 20 minutos depois da hora prevista (22:30), os Linkin Park acabaram por atuar pouco mais de uma hora.
O público, com assobios insistentes pediu o regresso e a banda acedeu.
No ‘encore’, o DJ Steve Aoki, que tinha atuação prevista depois dos Linkin Park, entrou em cena para tocar com a banda o tema “A Light That Never Comes”, do álbum “Recharge”, que os norte-americanos editaram no ano passado.
Antes dos Linkin Park, atuaram os Queens of the Stone Age. “Vamos fazer uma noite para não esquecer”, disse o vocalista, produtor e compositor, fundador da banda, Josh Homme, ainda a noite não tinha caído.
O músico percebeu que o público que tinha em frente não era o mesmo daquele que há um ano o acolheu num concerto no festival Super Bock Super Rock e, por isso, esteve mais comunicativo em palco, a cativar a audiência.
“Amo-vos”, “são uma plateia incrível”, “se pudessem ver o que vejo daqui”, disse o vocalista, acrescentando mais tarde: “não há isqueiros, acendam os vossos telemóveis, quero ver as luzes”, disse antes de começar a tocar “like clockwork”, tema que dá nome ao último álbum.
Para muitos, o concerto foi um compasso de espera para a entrada em cena dos Linkin Park, para outros foi um reviver de canções como “My god is the sun”, “Sick, sick, sick” e “No one knows”.
Já depois da meia-noite e meia, aquele que é considerado o oitavo melhor DJ do mundo subiu ao Palco Mundo para um fecho ao jeito dos fãs de música eletrónica. Steve Aoki conseguiu manter na Cidade do Rock boa o público que tinha acabado de ver Linkin Park e levou a plateia ao delírio quando fez alguns dos truques por que é conhecido, como atirar bolos para cima do público e lançar barcos insufláveis para o meio dos seus fãs.
O festival Rock in Rio Lisboa prossegue este sábado, tendo os canadianos Arcade Fire como cabeças-de-cartaz.
Autor: inside / Lusa