REMÉDIO SANTO – ROCK DE BOA SAÚDE

Nasceram para a música no início de 98, então constituída por Paulo Pereira na voz e guitarra, Bruno Dias (guitarra), Miguel Nuno no baixo, e como baterista Nuno Santa Rosa.
Dos primeiros acordes saio a edição do primeiro Ep homónimo, e partir daqui os Remédio Santo fazem-se à estrada.
Por entre várias actuações e convites, a banda vai-se moldando com algumas alterações na sua formação, e no pico de maturidade sai o 2º Ep intítulado “Sem Nunca Acertar”.
Mas nem tudo é saudável para os Remédio Santo, pois em 2001 a banda sofre graves baixas com as saídas de Bruno Dias e Raúl Castro, substítuidos por Hélder Duke e Ricardo Ramos, ex Motivo, guitarra e baixo respectivamente.
A nova formação aposta na edição de novo EP em 2002, “Madin in Xapin”, que os leva de regresso à estrada e à participação em vários eventos, não esquecendo o 2º e 3º aniversário do Jornal Inside.
Actualmente surge no mercado o primeiro álbum dos Remédio Santo intítulado “Mal Me Quer”, talvez pelo imenso esforço feito até este disco ter visto finalmente a luz das bancas. À procura da fortuna, o vocalista Paulo Pereira largou as pétalas do Malmequer, para nos falar do passado, presente, e perspectivas dos Remédio Santo.

Inside – Falem-me um pouco do inicio dos Remédio Santo…
Paulo Pereira: Os Remédio Santo formaram-se após a minha anterior banda ter terminado. Juntei um grupo de pessoas com quem eu já tinha tocado e outras, cujas bandas tambem haviam terminado recentemente.
Em termos de som foi um bocado difícil de conciliar as influências de cada um. Mantivemos a mesma formação durante algum tempo (gravámos um EP), mas vímos que não estava a funcionar e mudámos de baixista e baterista.
Com o Nuno (bateria) e o Raúl (baixo), fizémos alguns concertos, tocámos nas televisões e chegámos a ganhar um concurso. O que nos permitiu gravar o segundo EP. Findo este periodo, Bruno Dias (guitarra) e Raúl Castro (baixo) deixaram de fazer parte da banda. Para os seu lugares entraram Ricardo Ramos (baixo) e Helder Duque (guitarra).

I – As alterações que a banda sofreu, na sua estrutura, acabaram por ser benéficas?
PP – Bastante bnéficas. Esta formação (Paulo Pereira; Nuno Duarte; Helder Duque e Ricardo Ramos) está junta desde Março de 2001. Nenhuma outra formação dos Remédio Santo passou tanto tempo junto nem deu tantos concertos. Já aprendemos a conhecer-nos uns aos outros o que só veio trazer mais valias para a banda.

Gravámos o EP “Made in Xapin” e fizémos a sua promoção. Estamos muito mais coesos e julgo que em termos de sonoridade já somos os “Remédio Santo”. Este ano estamos a fazer a “Mal me quer Tour-2004” e já temos agendada a gravação do segundo videoclip.

I – Como sugestão para quem não conhece, como podem definir a vossa sonoridade?
PP – Os Remédio Santo definem-se como uma banda Rock que canta em português.

I – Depois de 2 Eps, este pode ou pretende ser o vosso momento de afirmação?
PP – Nós gostávamos que fosse, mas temos a noção que há muito caminho por desbravar. A promoção tem estado a correr bem e temos tido bastante aceitação por parte do pessoal que assiste aos nossos concertos.

Ainda existe muita gente que nunca ouviu falar da banda, por essa razão pretendemos dar a conhecer ao máximo o nosso trabalho. Quer dando concertos, entrevistas ou passando em rádios locais. O nosso videoclip tambem tem ajudado a divulgar a banda.
Agora vamos continuar com a Tour, e no final faremos um balanço disto tudo. Mas, ainda há muita coisa por fazer……

I – De 98 até hoje, o que acham que mudou no meio músical, e o que falta ainda de apoios à música nacional?
PP – Actualmente existem mais sítios para tocar. O problema é que nem todos reunem as condições para as bandas poderem trabalhar como deve de ser. As rádios tambem continuam a não dar o destaque que se devia de dar aos novos projectos, salvo algumas excepções e as rádios locais.

Neste momento existem muito boas bandas (e cada vez mais) que se tivessem o devido destaque, não tenham dúvidas que entrariam de caras para as Playlists. Nos últimos anos as bandas têm crescido muito em termos de qualidade.

I – Consideram-se uma banda para um certo público alvo?
PP – Não. Os Remédio Santo fazem música pelo simples facto de isso dar um grande gozo e de gostarmos de tocar ao vivo. É claro que sabemos que não podemos agradar a toda a gente, nos nossos concertos temos apanhado pessoal bastante diferente em termos de gostos musicais, e isso não nos tem prejudicado.

I – Tocaram em festas de aniversário do Jornal Inside. Como recordam essa(s) noite(s)? e como vêm esta nova fase do Inside como jornal online?
PP – Recordo essas noites com muito prazer. Posso dizer-te que a primeira festa do Inside foi o “Baptismo de Fogo” para o Remédio Santo. O Garage estava completamente cheio e nós, como ilustres desconhecidos, fomos a primeira banda a tocar. Estávamos um bocado nervosos mas correu muito bem. Da segunda vez foi a p… da loucura, muito alcool muito fumo…..um grande concerto!!!

Falando agora da nova fase do vosso Jornal, como tudo na vida à que mudar e aproveitar as novas tecnologias. Está muito melhor, organizado, e estando online permite-vos estarem sempre actuais ultrapassado o problema da distribuição e da periocidade do jornal.

I – Mensagem final para o grande público…
PP – Comprem mais discos de bandas portuguesas e se puderem…….apareçam nos nossos concertos.

Agradecimentos
ID Agência

Pedro Vieira