Sharon Jones & The Dap-Kings

23 Novembro – Aula Magna

Sharon Jones é sinonimo de vida, energia e paixão. Aos 57 anos de idade, a norte-americana, dona de uma voz milagrosa, voltou, o ano passado, com a sumptuosa companhia da banda the Dap-Kings , às edições discográfica.

Ao quinto disco de originais – “Give the People What They Want” -, Mrs. Jones , não só confirma a sua incrível capacidade de personificar, para os nossos dias, o r&b, funk, rock e blues, como, com a sua arte, provar que as maleitas que a apoquentaram no ano passado – foi-lhe diagnosticado um cancro -, serviram para, como o amor recebido em doses fartas dos fãs e amigos, provar que a música e a dedicação podem salvar. Das cinzas da extinta editora independente Desco Records, emergiu o colectivo the Dap-Kings, encabeçado pela feroz e talentosa Sharon Jones. Esta super banda deu-se ao mundo transformando-se no nome maior da Daptone Records. Para além da portentosa voz da cantora, as suas actuações ao vivo são surpreendentes, Sharon Jones transforma-se num autêntico “animal de palco” que tem feito as delicias de exigentes plateias um pouco por todo o mundo.
De 2002 até aos nossos dias, e 5 discos depois, Sharon Jones e os The Dap-Kings transformaram-se num fenómeno imparável. Não têm hits que se encaixem pelo imediastimo nas playlists mais tocadas nas rádios. No entanto, a sua música, cativante e festiva, é muito amada. Nestes poucos mais de dez anos de carreira, a formação e Sharon Jones foram explodindo para a admiração de muitos seguidores, em aparições inesquecíveis na tv: The Colbert Report, Late Night with Jimmy Fallon, The Late Show with David Letterman, The Tonight Show with Jay Leno, entre outras. No início deste ano lançaram o seu mais recente álbum, “Give The People What They Want” que a banda vê já como a melhor coisa que produziram até hoje. As 10 músicas que compõem o trabalho têm merecido da critica os maiores elogios pela potência e talento de Sharon que depois da luta que enfrentou volta agora ainda mais forte.
Sharon Jones colaborou com inúmeros e grandes artistas; nomes como David Byrne, They Might Be Giants, Rufus Wainwright e Lou Reed. O reconhecimento é transversal à crítica, aos pares e aos devotados fãs. De Sharon Jones & the Dap-Kings pode-se esperar uma espécie de sonoridade benignamente tóxica: impactante de entusiasmo e exaltação vintage.
Na Aula Magna, no dia 23 de Novembro, as cadeiras servirão para pouco. O impulso promovido pela música de Jones, porá todos de pé. A celebração é o pronuncio que sempre se adivinha.

Autor: pires