Simon James Phillips
Orquestra de Câmara Portuguesa e Nils Ostendorf
SIMON JAMES PHILLIPS Perto do Ar interpretado pela Orquestra de Câmara Portuguesa e Nils Ostendorf 1 novembro 18h30 ● Panteão Nacional
Depois do seu concerto a solo no Panteão, no passado mês de maio, Simon James Phillips regressa a esta imponente igreja e monumento nacional com a estreia absoluta de Perto do Ar,descrita pelo músico e compositor como uma celebração secular dos espíritos do passado, presente e futuro. A obra, interpretada propositadamente no aniversário do grande terramoto de 1755 e no dia de Todos os Santos, foi escrita para um ensemble de instrumentos de sopros, composto por elementos da Orquestra de Câmara Portuguesa e por Nils Ostendorf, e, em exclusivo, para a fantástica e fantasmagórica acústica deste edifício emblemático de Lisboa.
Perto do ar é uma tentativa de manter a fé. Eventos catastróficos e a ideia da morte, nossa e de outros, podem muitas vezes bloquear-nos, deixando-nos paralisados na reação, mas nada nos retira a humanidade. A fé, muitas vezes ilusória, parece ajudar-nos a viver no meio da consciencialização da nossa finitude. É exatamente essa fé, que arrasta consigo um salvador otimismo, que a nova composição de Simon James Phillips tenta construir. A natureza etérea do ar — existente, mas intangível — é uma imagem à qual o compositor australiano recorre várias vezes para representar a fé. Nenhum outro local e nenhuma outra data poderiam ter semelhante importância: o Panteão Nacional é a ressonante morada final de algumas almas importantes e, neste dia de Todos Os Santos e do aniversário do Terramoto de Lisboa de 1755, celebram-se outros espíritos passados. Será o ar, invisível e imaterial, manuseado por um ensemble de sopros em diálogo com a acústica impressionante do edifício, que se transformará em som, nobre e eloquente, mostrando-nos como a fé pode ser o alimento da nossa resiliência. Inspirada livremente pela força da peça Fanfare for the common man de Aaron Copeland e escrita para estreia absoluta neste dia, Perto do Ar irá ter a sua partitura definitiva no fim da residência que Simon James Phillips terá no Teatro Maria Matos durante esta temporada e que se inicia neste ambiente de colaboração e experimentação entre os músicos da Orquestra de Câmara Portuguesa e o trompetista alemão Nils Ostendorf.
12€ / Com desconto 6€ ● Excecionalmente não se aceitam reservas
Menores de 30 anos 5€ ● M/3
trompete: Nils Ostendorf
Orquestra de Câmara Portuguesa
trompa: Armando Martins
trompete: Óscar Carmo
trompete: Paulo Carmo
trombone: Paulo Fernandes
tuba: João Aibéo
imagem: © Tania Kelley
Este projeto é apoiado pelo Governo australiano através do Australia Council for the Arts
MAIS INFO:
BIOGRAFIA
Pianista de origem australiana, SIMON JAMES PHILLIPS vive atualmente em Berlim. Fez o seu percurso clássico entre o país natal e a Suécia, mas agora trabalha quase exclusivamente em torno da experimentação e improvisação. É parte do trio The Swifter, com Andrea Belfi e BJ Nilsen; do duo Pedal, com Chris Abrahams dos The Necks; e membro da Berlin Splitter Orchester. Foi bolseiro da Ian Potter Foundation e artista em residência no Banff Centre, Canadá. Chair é o seu primeiro álbum a solo, editado em finais de 2013 pelo selo Room40 de Lawrence English. Em fevereiro de 2013, atuou com The Swifter no Teatro Maria Matos, tendo sido editada recentemente a gravação de parte do concerto com David Maranha; regressando em maio de 2014 para um concerto a solo com Peter Evans no Panteão Nacional.
Autor: pires