Xavier Rudd

Quem já viu Xavier Rudd ao vivo sabe do que a casa gasta; um show ao estilo de The Legendary Tigerman, um espectáculo de one man standing, com uma postura animada mas intensa, envolto numa verdadeira máquina instrumental mista, que parece uma bateria «casada» com outros instrumentos de cariz étnico, como os três «didgeridoos» encaixados. Para não falar da sua viola e da harmónica enquanto toca os outros simultâneamente.

Xavier Rudd vai tocando canções dos seus álbuns que a maioria acompanha com palmas, e canta nos refrões. Uma característica bem demarcada deste artista é a envolvência que ele cria, a clara empatia com o público; a simpatia, a humildade de quem tem uma música simples apesar de complexa, com letras igualmente simples e muito eficazes.

De cariz quase progressivo, no sentido em que há uma grande variedade de alterações de ritmos e cores musicais no seu estilo, a música instrumental de Xavier Rudd é igualmente cativante. poderíamos comparar com Paul Simon, com Blasted Mechanism, mãs não nos podemos esquecer que estamos a falar de um único homem (ainda que não esteja claramente a fazer distinções de quem é o melhor do que quem).

Impressionante a envolvência e o espectáculo, a boa disposição das pessoas, o ambiente, o som. O verão dura para sempre.

Não nos podemos esquecer ainda deste concerto da primeira parte: Quaiss Kitir:

Se de Xavier Rudd tiramos a simpatia, o bom gosto musical, o ambiente, de Quaiss Kitir temos tiramos a electrizante e contagiante folia do reggae e ska.

Com um dinamismo impressionante, Quaiss Kitir apresenta-nos em palco um imenso número de músicos, com um dinamismo impressionante. O ska é isso mesmo, e Quaiss Kitir que estão a subir no panorama musical a grandes passadas querem deixar a sua marca…e tão que conseguiram neste Coliseu dos Recreios!

Autor: Paulo Cardoso Ribeiro