Alfred Brendel – Ciclo de piano

Salas esgotadas são uma constante nos recitais de Alfred Brendel.

Salas esgotadas são uma constante nos recitais de Alfred Brendel. Não é para menos, ou não fossem a sobriedade e a consistência das apresentações ao vivo deste lendário pianista as qualidades que sustentaram a sua enorme carreira, que já conta quase seis décadas de longevidade e que tem desde há muito tempo reservado um lugar de honra nos compêndios históricos do piano.

Já muito se escreveu sobre a personalidade artística de Brendel. Todavia, as palavras nunca se esgotam diante da proficuidade do seu repertório e da forma como as suas interpretações nos proporcionam a redescoberta das mais sublimes obras algumas vez escritas para o seu instrumento. Percorrendo a extensa listagem das suas gravações, defrontamo-nos com a predominância das composições de Beethoven e Mozart, mas também com a música de Schubert, Haydn, Brahms e Liszt. É, aliás, de notar que todas as cinco obras que integram este programa já foram gravadas pelo pianista pelo menos uma vez.

Por isso, não se trata somente da oportunidade de revisitar o repertório clássico do piano sob a singular leitura de Brendel. É também o ensejo de assistir ao desempenho de um intérprete que se recria no seu persistente retorno às velhas partituras e, em cada vez, com mais intimismo, clareza e sabedoria.

Abrem e encerram o programa duas sonatas de Haydn, dois monumentos da retórica musical classicista que impressionam pela sua extrema elegância. Pelo meio, haverá lugar ao lirismo mais expressivo que saiu da pena de Schubert, com a sua sonata em Sol maior, D.894. E, ainda, duas curtas peças de Mozart, que revelam a faceta mais introspectiva do compositor de Salzburgo, a Fantasia em Dó menor, K.475, e o Rondó em Lá menor, K.511.

Domingo, 26 de Novembro, 19h00
Grande Auditório

Joseph Haydn

Sonata para Piano, em Ré maior, Hob.XVI.42

Franz Schubert

Sonata para Piano em Sol maior, D.894

Wolfgang Amadeus Mozart

Fantasia em Dó menor, K.475
Rondó em Lá menor, K.511

Joseph Haydn
Sonata para Piano em Dó maior, Hob.XVI.50

Fonte: Fundação Gulbenkian