BALBÚRDIA EM DISCURSO DIRECTO

8 Dezembro

Eis mais uma banda á descoberta da afirmação, do sucesso, da credebilização no meio nacional, já com duas maquetes e um Ep em carteira, fazem neste momento o natural percurso de promoção de palcom em palco, e com alguns concursos pelo meio. De louvar também, há algumas semanas atrás, a responsabilidade dos Balbúrdia na própria organização do 2º Festival Cercal Rock (divulgado pelo Inside), onde o lema era a promoção, a realização de um grande passo por parte de jovens bandas desconhecidas, tendo também os Balbúrdia feito o gosto de subir ao palco e fechar este singelo, mas muito importante evento.
Nuno Abreu, líder dos Balbúrdia, esteve à conversa com o Inside, um diálogo muito breve mas sempre importante para, do Norte do País, poderem chegar ao grande público, para já, pela nossa mão.

INSIDE – Um pequeno rescaldo do Cercal Rock.
Como acham que correu? Foi eficaz o desempenho de todas
as bandas, valeu o esforço?
NUNO ABREU – O balanço que fazemos da edição deste ano do Cercal Rock é, em termos gerais bastante positivo. Pretendiamos ter entre nós uma banda que fosse cabeça de cartaz, ou seja, uma banda que tivesse já atingido outro
estatuto no panorama do rock português mas, tal não foi possível embora estivéssemos muito perto de concretizar essa pretensão. Os nossos “barómetros” de avaliação são normalmente os comentários do público, das bandas intervenientes, o número de pessoas e todo o ambiente que se gera à volta deste evento e, analisando cada um destes factores, estamos convictos que o Cercal Rock está no bom caminho.
Relativamente às bandas, estiveram todas à altura do acontecimento, proporcionando bons e diversos concertos e, temos a certeza de que cada uma das bandas levou do Cercal Rock mais um naipe de amigos e admiradores, o
que nos permite dizer que foi eficaz a sua prestação.

I – Comentário ao próprio desempenho dos Balbúrdia?
N.A. – Havia alguma expectativa relativamente ao concerto dos Balbúrdia pelo facto de se verificar a estreia de um novo elemento (a 1ª alteração do line up da banda desde o inicio). Essa expectativa ocorria em cima do palco e fora dele, mas a partir dos primeiros acordes foi notório que se criou empatia entre o público e o Rodrigo e, este mostrou-se um competente dono das qutro cordas. Pensamos que foi um bom concerto de rock’n’roll!!

I -Esta não foi a primeira edição deste Festival, o que o faz
mover? O que os motiva, a vocês próprios, na organização deste evento, quais os objectivos?
N.A. – O Cercal Rock nasceu com a ideia de tentarmos realizar um festival capaz de proporcionar às bandas intervenientes boas condições para mostrarem o seu trabalho. Por vezes e em eventos do género somos
confrontados com condições nada dignas quer em termos técnicos quer de logística, acabando muitas vezes as próprias bandas terem que pagar deslocações, refeições, bebidas e, por incrível que pareça, ter que pagar uma inscrição para tocar… pelo menos nestes aspectos pensamos que o Cercal Rock é exemplar e, é sempre com este objectivo que trabalhamos, procurando naturalmente melhorar outros aspectos menos positivos. O Cercal Rock tende a crescer de forma sustentada.
Quanto ao público, afluiu em número razoável, não tanto como pretendiamos, mas também nos faltou “a tal banda” para poder chamar mais pessoas… Contudo, ficamos com a ideia que quem esteve no Cercal Rock ficou satisfeito com a noite de rock que lhe foi propocionada…

I- Futuro, em termos de trabalho, para os Balbúrdia?
N.A. – Para já vamos ter alguns concertos e concursos que permitirão também a rodagem da nova formação da banda. Pensamos gravar no primeiro trimestre do próximo ano alguns temas novos que já temos prontos e que revelam uma tendencia ainda mais rock que os anteriores. Acima de tudo estamos a retomar o prazer de tocar e compor novas canções.
Em termos de carreira e a curto prazo, era importante para a banda que surgisse alguém que nos abrisse novas portas em termos de espectáculos, já que, modéstia à parte, temos a noção que estamos preparados para pisar outros palcos…

Balbúrdia

João Castanheira – Guitarra Solo
Nuno Abreu – Voz
Bandeirinha – Guitarra
Rodrigo Antunes – Baixo
“Firo” – Bateria

Lançamentos

01. Um dia talvez…
02. Canfras, pacivas e rock’n’roll
03. Pinta o teu mundo a cores

Mais Informações:
www.balburdia.com

Pedro Vieira