DEOLINDA – Canção ao lado
Ana Bacalhau dá voz a esta personagem. Uma senhora dos subúrbios de Lisboa que, da sua janela, compõe o que lhe vai na alma observando o bairro e os seus vizinhos. E assim nasceram catorze canções do melhor que se tem feito por aí nos últimos tempos.
Instrumentações engraçadas polvilhadas essencialmente por Guitarra, Guitarra Portuguesa, cavaquinho, viola Braguesa e afins, dão o mote para uma série de histórias de amor, desamor, confusão, alegria, desilusão e vida quotidiana.
Desde “Ai Rapaz”, um lamento de amor, em jeito de valsa fadista e declaração de amor, passando por uma balada “Clandestino”, quase com laivos de Madredeus, ao gingão “Fado Toninho” em jeito malandreco e atrevido, ao cómico “Fon-fon-fon” – a pérola do disco – tudo é permitido. E no final, temos uma Deolinda bem Portuguesa e boa cantadeira.
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Autor: Tiago Videira