Jazz Iguanas
Já está nas lojas!
“As falsas realidades criam falsos humanos. Ora, os falsos humanos irão gerar falsas realidades que serão vendidas a outros humanos, acabando por transformá-los em falsificações de si mesmo” Philip K. Dick
Um computador pode ser programado para tocar musica “instrumental”, para ajudar um compositor ou para compor, ele próprio, sem qualquer ajuda. Do ponto de vista teórico, não existem limitações à performance de um computador como fonte de sons musicais, ao contrário do que acontece com os instrumentos musicais.
Para além de gerar sons, o computador pode também funcionar como uma máquina para compor musica: pode, por um lado, compor peças musicais baseadas inteiramente em números aleatórios gerados por si próprio, ou pode, por outro lado, cooperar com um compositor humano.
A ideia de ter um computador, enquanto entidade autónoma, a cooperar com outros músicos (humanos) na composição e interpretação de peças musicais improvisadas parece só ser possível numa ontologia em que a autenticidade do humano não seja decidida por critérios psicológicos. Para improvisar música, torna-se apenas necessária a estabilidade autopoética que Maturana e Varela atribuem aos seres vivos, e que uma máquina pode atingir, como sucede com o “andróide esquizóide” da ficção de Philip K. Dick. Para Dick, o humano é aquilo que pode estabelecer os seus próprios objectivos. É isso que faz o computador/improvisionador. E é esta a ontologia ficcional da música dos Jazz Iguanas.
Ficha Técnica
Jazz Iguanas são:
Miguel Pedro: bateria, sintetizadores, programações, guitarra
Pedro Cravinho: contrabaixo
António Rafael: guitarra
Gravado e produzido por Miguel Pedro
Masterizado por Nuno Couto
Capa de Andreia Alves Mendes www.visual-d.net
Fotos de Pedro Souza Vieira
Todos os temas por Miguel Pedro, excepto os temas 7, 10 e 13 por Miguel Pedro/Pedro Cravinho
Ao vivo, Jazz Iguanas contam com Guedes Ferreira na projecção de imagens em tempo real.
Fonte: Raquel Lains
Autor: Paulo Cardoso Ribeiro