MARIA RITA SAMBA MEU

Um disco de culto. É assim que se pode definir o novo trabalho de Maria Rita. A diva Brasileira volta encarnando um Picasso de Casa cheia.

Maria Rita é como um golo de calcanhar. É daquelas coisas simples que acontecem uma vez na vida de um jogador, que até já vimos muitas vezes, mas que nos deixam sempre de boca aberta.

O seu novo trabalho é uma resma de Sambas compostos pela nata fina do Brasil e por letristas empenhados em construírem monumentos literários.
Depois, Maria Rita embarca em ser um Gibson. Um daqueles Martinis, mas com uma rodela de cebola em vez da azeitona: um pequeno detalhe que faz toda a diferença.

E ela faz toda a diferença: nos detalhes, na afinação, na colocação e na maneira como ondula por entre as melodias emprestando aquela alegria que nos deixa a sorrir durante meses como se estivéssemos apaixonados.

Um todo compacto, difícil de distinguir ou premiar alguma canção. No entanto estaria a ser injusto se não prestasse a minha vénia a “Cria” e a “Novo amor”, as duas faixas que me fizeram baloiçar.

E a minha homenagem a “P’ra declarar minha saudade”, a pérola do disco, e a melhor homenagem possível à saudosa Elis mãe.

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Autor: Tiago Videira