RADIOHEAD IN RAINBOWS

Os Radiohead são sempre um caso sério de abordagem à música. Quanto mais não seja por uma questão de apreço e de… preço!

Isto porque o novo álbum de originais, intitulado “In rainbows” está apenas disponível no site oficial da banda e pelo módico preço de “o que o comprador quiser”. Se quiser até pode dar zero, que é um preço legítimo. Um duro golpe na indústria discográfica, resta saber se, feitas as contas, o lucro será consentâneo.

Quanto às músicas, em si, são dez num registo próximo daquilo a que já nos habituaram em termos de sonoridade, mas com falta de alguma chama. Este não é o melhor álbum dos Radiohead, já ouvimos coisas mais apelativas. Mesmo assim vale a pena, até pelo preço que é.

“15 Step” abre num registo levezinho, com uma batida suja polvilhada com a voz de Thom, calma e melancólica, guitarras discretas.

“Bodysnatchers” entra com guitarras, também sujas e distorcidas numa sonoridade algo psicadélica que vai envolvendo o ouvinte. Thom solta-se mais, libertando uma certa histeria, um pouco ao estilo de “OK computer”.

Os Radiohead são sempre um caso sério de abordagem à música. Quanto mais não seja por uma questão de apreço e de… preço!

Isto porque o novo álbum de originais, intitulado “In rainbows” está apenas disponível no site oficial da banda e pelo módico preço de “o que o comprador quiser”. Se quiser até pode dar zero, que é um preço legítimo. Um duro golpe na indústria discográfica, resta saber se, feitas as contas, o lucro será consentâneo.

Quanto às músicas, em si, são dez num registo próximo daquilo a que já nos habituaram em termos de sonoridade, mas com falta de alguma chama. Este não é o melhor álbum dos Radiohead, já ouvimos coisas mais apelativas. Mesmo assim vale a pena, até pelo preço que é.

“15 Step” abre num registo levezinho, com uma batida suja polvilhada com a voz de Thom, calma e melancólica, guitarras discretas.

“Bodysnatchers” entra com guitarras, também sujas e distorcidas numa sonoridade algo psicadélica que vai envolvendo o ouvinte. Thom solta-se mais, libertando uma certa histeria, um pouco ao estilo de “OK computer”.

“Nude” é um registo quase de balada, sintetização e ambientes chill e uma voz completamente transparente. Num registo muito mais “Amnesiac”.

“Weird Fishes/Arpeggi” mantém a mesma onda de lounge, canção pura, transparente, melodia fragilmente tonal e alternativa a emprestar-nos uma sensação de perda.

“All I need” continua o caminho descendente até um registo sombrio. A sintetização é total em sons graves e profundos que espetam baques no nosso interior. Batemos no fundo, no cerne do álbum, no vale.

“Faust Arp” é a subida do outro lado do rio. O registo alegra um pouco ainda dentro do chill, com guitarras limpas e cordas friccionadas sintéticas a emprestar um sinfonismo pouco comum na banda.

“Reckoner” retorna com uma batida metálica e cortante, mas a voz ainda límpida. Nota-se já o esforço de sair do outro lado do vale e da subida ao píncaro. As cordas tornam a estar presentes dando um ar etéreo e espiritual à canção.

“House of cards” é uma canção de acompanhamento sujo com voz já num registo mais agressivo, mesmo assim distante da primeira descida abrupta. Aqui claramente já caminhamos num planalto.

“Jigsaw falling into place” é a primeira caminhada numa estrada certa rumo ao pôr-do-sol. Guitarras bem definidas. Voz colocada em registo sóbrio e determinado. Os Radiohead de “Bends”, da altura mais Rock talvez de todas.

“Videotape” é o epitáfio e a subida ao céu. A voz perde-se completamente no éter e o acompanhamento ribomba e ecoa em sonoridades longínquas e reverberantes. A consagração.

Um disco para todos, sem dúvida, pelo fácil acesso. Se ainda não conhece, arrisque ouvir. Para os fãs, que paguem pelo menos três libras.

http;//musicologo.blogspot.com

Autor: Tiago Videira

“Nude” é um registo quase de balada, sintetização e ambientes chill e uma voz completamente transparente. Num registo muito mais “Amnesiac”.

“Weird Fishes/Arpeggi” mantém a mesma onda de lounge, canção pura, transparente, melodia fragilmente tonal e alternativa a emprestar-nos uma sensação de perda.

“All I need” continua o caminho descendente até um registo sombrio. A sintetização é total em sons graves e profundos que espetam baques no nosso interior. Batemos no fundo, no cerne do álbum, no vale.

“Faust Arp” é a subida do outro lado do rio. O registo alegra um pouco ainda dentro do chill, com guitarras limpas e cordas friccionadas sintéticas a emprestar um sinfonismo pouco comum na banda.

“Reckoner” retorna com uma batida metálica e cortante, mas a voz ainda límpida. Nota-se já o esforço de sair do outro lado do vale e da subida ao píncaro. As cordas tornam a estar presentes dando um ar etéreo e espiritual à canção.

“House of cards” é uma canção de acompanhamento sujo com voz já num registo mais agressivo, mesmo assim distante da primeira descida abrupta. Aqui claramente já caminhamos num planalto.

“Jigsaw falling into place” é a primeira caminhada numa estrada certa rumo ao pôr-do-sol. Guitarras bem definidas. Voz colocada em registo sóbrio e determinado. Os Radiohead de “Bends”, da altura mais Rock talvez de todas.

“Videotape” é o epitáfio e a subida ao céu. A voz perde-se completamente no éter e o acompanhamento ribomba e ecoa em sonoridades longínquas e reverberantes. A consagração.

Um disco para todos, sem dúvida, pelo fácil acesso. Se ainda não conhece, arrisque ouvir. Para os fãs, que paguem pelo menos três libras.

http;//musicologo.blogspot.com

Autor: Tiago Videira