Nelly Furtado – Loose

Começa a fazer furor o novo álbum de Nelly Furtado.

Para já o lançamento em Portugal está previsto para 3 de Julho, mas o Inside antecipa o que aí vem.

Depois do relativo fracasso de “Folklore”, do qual se retém na memória sobretudo o hino “Força”, Nelly volta às lides musicais com um álbum que poderia ser chamado, “da maturidade”.

Isto, porque dentro de um registo, que a mesma classifica de Punk-hop, o que mais se destaca neste álbum, para além das fusões, da interessantíssima mistura entre o hip hop, o reggaeton, o punk e pop, as baladas também existem e aqui com uma sensibilidade apuradíssima.

O single de apresentação “Maneater”, em Portugal, vai ser gravado em conjunto com os Da Weasel, para que Nelly continue a mostrar que não descura a língua de Camões nem as suas raízes.

Para além disso, temos ainda “No hay igual”, uma incursão clara no reggaeton e pela língua espanhola. Nelly aqui apresenta-nos a sua faceta étnica e uma clara tentativa de penetração no mercado mundial pela busca de identificação com todas as culturas.

A pérola do disco, todavia, está mais escondida no final, numa faixa chamada “All good thing (come to an end)”. É aqui neste fantástico tema que Nelly mostra a maturidade alcançada com esta viagem musical em que ingressou desde “I’m like a bird”. Uma balada romântica e muito nostálgica, polvilhada com o passado a cair em bátegas na nossa cabeça. Uma batida suave e uma voz suportada por ela própria e uns coros divinalmente enriquecidos melodicamente, inclusive com assobios, numa mistura divina. A mensagem essa, vai passando, um pouco pelo carpe diem, e como tudo o que é bom eventualmente um dia acaba. Esta será daquelas canções que não sobressairão no imediato, mas será aquela que daqui a vinte anos ainda fará sentido, quando a efemeridade do punk-hop passar…

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Autor: Tiago Videira