Opeth Em portugal

Os Opeth continuam a criar a sua própria sonoridade e as suas próprias regras musicais à medida que vai surgindo essa necessidade. Desta feita em dois concertos em Portugal, dia 9 e 10 de Dezembro no Paradise Garage e Hard Club respectivamente

Formados em 1990 pelas mãos de dois jovens suecos, Mikael Akerfeldt e Peter Lindgen, os Opeth dedicaram os seus primeiros 4 anos de existência em busca de uma identidade própria; uma sonoridade única, influenciada por bandas como Morbid Angel, Bathory, Voivod, Mefisto, entre outros.

Apenas em 1995 a banda editaria o seu álbum de estreia “Orchid”, um registo cativante que surpreendeu o movimento heavy metal pela longa duração dos temas, onde o black, o death, o doom e o metal progressivo, construíam uma amalgama de sonoridades que variavam de um extremo a outro.

O segundo trabalho “Morningrise”, editado em 1996, deixava claro que a inovação proposta pelo grupo não era uma mera casualidade. Embora sendo uma registo mais experimental “Morningrise” mantinha a longitude dos temas e o metal como elementos dominantes. Com este registo Opeth conseguiria o reconhecimento entre os fãns do heavy metal e a primeira tournée europeia, ao lado dos ingleses Cradle of Filth.

1998 marca a edição do seu terceiro disco “My Arms, Your Hearse”, assim como mexidas na formação, com a entrada de Martin Lopez (Bateria) e Martin Mendez (baixo) na formação. Antes do final do ano, Opeth abandonaria a Candlelight Records e assinava contracto com a Music For Nations, partindo à conquista de novos mercados.

O novo trabalho “Still Life”, editado em finais de 1999, viria a consolidar definitivamente a genialidade do seu líder e principal compositor, Mikael Åkerfeldt, assim como o nome Opeth no movimento heavy metal por todo o mundo.

Em meados de 2001 é editado o quinto registo do grupo “Blackwater Park” (em homenagem à banda Rock dos anos oitenta chamada Blackwater), um trabalho dinâmico, com uma produção melhorada, e que mantém a continuação natural de “Still Life”. Produzido por Steve Wilson (Porcupine Tree), este disco comprova que Opeth é uma das poucas bandas de metal que consegue cruzar na perfeição as suas influencias de rock clássico, sem perder a sua essência do metal mais extremo. 2001 marcaria a passagem dos Opeth pelos principais festivais de verão, como o Wacken, Waldrock, Eurorock, Hultsfred, entre outros, e ajudariam a elevar cada vez mais o nome da banda.

Em 2002 os Opeth voltavam a desafiar as regras do heavy metal ao editar “Deliverance” e “Damnation”, lançados separadamente (com 6 meses de intervalo), mas que se completam entre si. “Deliverance” foi com certeza o álbum mais pesado do grupo, de características mais death metal. No oposto estava “Damnation”, com composições mais simples, não podendo ser classificado como um disco de metal, mas sim de rock progressivo.

“Ghost Reveries” (produzido pelo próprio Mikael Åkerfeldt) é o oitavo disco da banda no qual conseguiram colocar a sua energia ainda mais presente, misturando simultaneamente elementos do death e black metal com elementos do folk, do gótico, do clássico e do jazz. Os Opeth e este seu novíssimo disco não escondem as suas influências: Pink Floyd, King Crimson, Leonard Cohen, Nick Drake, Swans, Joy Division,The Mars Volta, entre tantas outras.

Os Opeth continuam a criar a sua própria sonoridade e as suas próprias regras musicais à medida que vai surgindo essa necessidade. Os críticos musicais e os fãs dos Opeth são uma prova da vital contribuição da banda para o mundo do rock!

09 DEZ. – PARADISE GARAGE

Abertura de portas: 20h00
Início do espectáculo: 21h00

10 DEZ. – HARD CLUB

Abertura de portas: 21h00
Início do espectáculo: 22h00

BILHETES À VENDA (a partir de Setembro):
Agência Abep, Agência Alvalade, Carbono (Lisboa e Braga), Louie Louie (Porto), Piranha (Porto) e nos locais.

Entrada: 20,00 €

Fonte: Prime Artists

Autor: Paulo Cardoso Ribeiro