RITA GUERRA – SENTIMENTO
Rita está de volta naquele registo que tão bem a caracteriza e que melhor sabe fazer: baladas de amor, rockeiras e que puxam pela voz. É assim que a conhecemos e é isto que temos. Nem mais, nem menos.
Um disco sem novidades e sem estilo inovador. Puro tonalismo definido, guitarras eléctricas com distorção em força e coros por trás a apoiar a garra de Rita. Imensos lugares comuns traçam o destino de um disco com um estilo que conhecemos e que já não nos admira. Mas talvez seja isso que Rita deseje – continuar a fazer o que melhor sabe e gosta. O fio condutor é todo ele pautado pela pujança e pela garra de Rita que começa sempre manso e sobe, sobe, até explodir na segunda repetição do refrão. Tudo muito homogéneo e lógico, sem surpresas.
A ser assim, é difícil destacar alguma coisa já que as baladas são todas elas iguais. Todas engraçadas, mas que ouvidas de seguida podem chegar a cansar. Justificava-se nesta altura do campeonato, talvez um maior risco e um enveredar por caminhos mais diversificados. Fica o apontamento para “Quando o dia vier”, que tem a única coisa realmente exótica do álbum – Um sitar, uma tabla e um gongo, com um leve temperamento indiano.
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Autor: Tiago Videira