Soulfly no Super Bock

Power Tribal

OLYMPUS DIGITAL CAMERA

Ao quinto álbum, “Dark Ages”, os Soulfly fazem o que, salvo raras excepções, se tem vindo a esperar do Max Cavalera: inovação, revolução e metal duro e directo.

Max Cavalera juntou a banda imediatamente após a saída dos Sepultura em 1996, depois de longos anos de êxitos e álbuns inovadores no género do “metal”. Desde “Arise”, em 1991, que os Sepultura davam ares de atingir uma escala mundial, o que veio a acontecer em definitivo com o álbum “Chaos A.D.”.

A consagração da banda deu-se com o clássico “Roots”, de 1996, em que as participações de tribos indígenas e de artistas não relacionados com o “metal”, como Carlinhos Brown, ajudaram a conferir ao álbum o estatuto de inovador, e um dos mais marcantes discos de “metal” de todos os tempos.

Com os Soulfly, Max transportou parte desse estatuto lendário para a nova música, mantendo estreita relação entre o “metal” e o “thrash”, um género de “metal” mais acelerado. A essa mistura agrega sempre um conjunto de sons inesperados, e a voz sempre característica do Max.

Ao quinto álbum, “Dark Ages”, os Soulfly fazem o que, salvo raras excepções, se tem vindo a esperar do Max Cavalera: inovação, revolução e metal duro e directo. O que não deixa de ser surpreendente se considerarmos a longa carreira – quase 20 anos – do músico brasileiro. Possivelmente, “Dark Ages” será mesmo o melhor álbum dos Soulfly, mantendo não só uma força emotiva e sónica imaculada, como uma fluidez e facilidade de assimilação nunca antes sentidas, apesar dos excelentes “Soulfly” e “Prophecy”.

No Festival SuperBock SuperRock, tivemos oportunidade de ver mais uma vez todo o seu poder; um verdadeiro animal de palco, com uma grande interactividade com o acarinhado público português.
Não faltaram as alusões a Sepultura com temas de grande impacto, nomeadamente «Roots», e como não deixaria de ser o aclamado «Chaos A.D.».
Um excelente espectáculo; uma excelente performance; só é pena mesmo o vento que se fazia sentir no momento da sua actuação, cujo som era afectado por este factor.
Em todo o caso, nota máxima para os Soulfly!

Cortesia da Fotografia, e já agora também, pela acreditações jornalísticas, pela Música no Coração, com um agradecimento especial ao Nuno Vieira.

FOTO: © UNICER/cameraman metalico

Autor: Paulo Cardoso Ribeiro