Entrevista com Christopher Cross

Entrevista com Christopher CrossChristopher Cross, é um nome bem conhecido, do meio musical. Músicas como “Sailing”, ficarão para sempre conhecidas e reconhecidas no meio musical mundial. O Flamingo é sem dúvida e incontestavelmente a sua imagem de marca. Uma imagem de renovação e boa sorte.

JI – Quando é que percebeu que a sua paixão era cantar?

CC – O meu pai era médico, mas tocava música quando era mais novo e ouvia muita música Jazz quando estava em casa. Recebi uma bateria quando tinha 10 anos de idade e depois virei-me para a guitarra aos 16 anos. Basicamente foi assim que tudo começou.

JI – Porque é que decidiu associar a sua imagem à de um Flamingo?

CC – O meu primeiro baterista, dos meus primeiros tempos de cantor, era também um artista plástico, e fez a capa do meu primeiro álbum com uma pintura que representava uma cena ao pé de um lago, e colocou-a na parede do estúdio.
Penso que sempre tivemos a ideia que ele fosse a capa do primeiro trabalho.
Quando o álbum, se tornou um sucesso, acabou por ser a nossa imagem de marca, e ao mesmo tempo um amuleto que acreditámos nos daria sorte.

JI – O seu álbum de apresentação, granjeou-lhe 5 prémios de música (Grammy), que incluiu melhor música, e melhor álbum “Sailing”, como é que se sentiu nessa altura?

CC – Foi sem dúvida maravilhoso, quase surreal. A razão principal é porque os Grammy são votados pelos nossos colegas músicos. Quanto mais o tempo passa, mais eu tenho a certeza do que isso significa para mim.

JI – É a primeira vez que está em Portugal, ou já conhecia o país?

CC – Sim, já estive em Lisboa antes. Toquei num concerto privado com o Michael McDonald, aqui há alguns anos atrás. Aproveitamos e fizemos algum turismo com as nossas respectivas mulheres que vieram connosco. É uma cidade muito bonita.

JI – Recentemente acabou de gravar uma música nova escrita por Andrej Sifrer “Be The Light”, fale-me desta nova música?

CC – Fico admirado que saiba desse facto, porque para além de ter acabado de o gravar, não sabia que o Andrej era conhecido fora da Eslóvenia.
Conheci o Andrej através do cantor /compositor Richard Thompson e da sua mulher Nancy, que são grandes amigos meus. Andrej está a comemorar 30 anos carreira, e decidiu convidar alguns artistas, os quais vão interpretar, algumas das suas músicas mais conhecidas.
Ele deu-me a oportunidade de o fazer também e escreveu-me uma música nova “Be The Light”, que me tocou muitíssimo, por causa do sentido de humanidade que ela tem na letra.
Gravei a maquete no meu estúdio em Los Angeles e a seguir, irei até à Eslovénia em Outubro para interpretá-la com o Andrej em 4 Concertos que ele vai dar, os quais fazem parte da celebração do seu grande legado musical.

JI – Os Concertos que irá dar, serão um revivalismo da sua carreira, ou irá interpretar “Be The Light” e outras músicas do álbum, “Definitive”

CC –> Não vou interpretar “Be The Light”, antes de o cantar na Eslovénia. Cantarei todas as minhas músicas conhecidas, como “Sailing”, e outras dos meus outros 7 álbuns.

JI – Qual é a sua maior fonte de inspiração?

CC – Penso que a minha inspiração vem dos artistas que me influenciaram na criação do meu estilo, como Joni Mitchell e Brian Wilson entre outros, e as letras são inspiradas pelas minhas experiências de vida.

JI – Onde vai actuar depois de Portugal?

CC – Eu faço cerca de 50 a 70 concertos por ano, mas nesta próxima viagem, darei 3 concertos em Espanha, a seguir a estar aqui em Portugal.

JI – Numa palavra como se descreveria e à sua música?

CC – Pop Sofisticado

JI – Obrigada

Autor: Sandra Adonis