STING – Rock In Rio Lisboa 2006

Tal como em 2004, foi um Sting britanicamente pontual que encerrou o rol de estrelas internacionais do cartaz desta edição do Rock in Rio 2006.

Subindo ao palco repentinamente, os mais distraídos não se aperceberam de que “Message in a bottle”, primeiro êxito revisitado, era já ao “vivo e a cores”.

Um desenrolar acelerado e ininterrupto de êxitos (tanto dos tempos dos Police como da carreira a solo) foi, de facto, a linha condutora dos concertos em jeito de “best of” que deu nas duas edições do Rock in Rio.

Parco nas palavras, limitou-se a saudar o público no início do espectáculo. Num português quase perfeito, é certo, mas muito aquém da simpatia esperada…

Ainda assim, não desiludiu no inabalável profissionalismo a que nos foi habituando ao longo dos anos e acabou por nos oferecer exactamente o que queríamos, ainda que não da forma que esperávamos: “Englishman in New York”, “Shape of my heart”, “Fields of gold”, “Roxanne”, “Every breath you take”, só para dar alguns (óbvios) exemplos dos clássicos que o público foi acompanhando com nostalgia e muitas letras de cor.

E foi com “Fragile” numa versão acústica e mais intimista que a original que Sting se despediu, precisamente quando nos começava a (re)conquistar.

Pena não ter surpreendido como só ele sabe e pode. Os fãs que, sempre fiéis e expectantes, compunham a muito menor assistência que em 2004, ainda não perderam a esperança de um reencontro com o Sting dos bons velhos tempos. Mas talvez seja caso para pensar: “If I ever lose my faith in you…”.

Cortesia: Sara Rodrigues
Junho de 2006

FOTO: Carlos Pratas

Autor: Sara Rodrigues